Tipos de apego e seus efeitos nos relacionamentos
Aprenda sobre os 4 tipos de apego e como eles influenciam seus relacionamentos. Entenda a relação entre apego, dependência emocional e terapia.
Psicóloga Gabrielle Cruz
9/4/20253 min ler


A teoria do apego mostra que os primeiros vínculos, geralmente com nossos cuidadores, moldam como entendemos o amor, a proximidade e a confiança. Se esses vínculos foram seguros, temos mais chances de construir relações saudáveis na vida adulta. Se foram marcados por insegurança ou instabilidade, é comum carregar padrões que dificultam os relacionamentos.
Por que alguns relacionamentos parecem leves e seguros,
enquanto outros vivem em ciclos de brigas, inseguranças e medos?
A resposta pode estar na forma como aprendemos a nos vincular desde a infância.
Apego é como criamos laços emocionais com as pessoas importantes para nós. Desde cedo, aprendemos a perceber o mundo como um lugar confiável e se podemos depender de outras pessoas quando precisamos. As pesquisas sobre o assunto vem aumentando e apontam que esses vínculos iniciais podem impactar diretamente a forma como nos relacionamos ao longo da vida com o outro.
Quais são os tipos de apego?
Apego seguro
Neste tipo de apego a criança recebe cuidado consistente e previsível. Na vida adulta, isso pode se traduzir em confiança, autonomia e intimidade saudável. Pessoas com apego seguro tendem a saber equilibrar independência e proximidade, construindo relações mais saudáveis.
Apego ansioso (ou ambivalente)
Está ligado ao tipo de cuidador que demonstra um cuidado inconsistente: às vezes presente, às vezes ausente. Isso gera medo de abandono e necessidade constante de validação. Na vida adulta, pode aparecer como ciúmes excessivos, insegurança e dependência emocional.
Apego evitativo
Aparece quando os cuidadores são frios ou pouco disponíveis. A criança aprende a lidar sozinha com suas emoções e, na vida adulta, pode evitar intimidade, ter dificuldade em demonstrar afeto e manter relações superficiais para não se sentir vulnerável.
Apego desorganizado
Esse padrão é mais complexo. Surge em contextos de negligência, violência ou vínculos marcados pelo medo. Adultos com esse padrão oscilam entre aproximação intensa e afastamento repentino, criando relações caóticas e instáveis.
Como saber se sou emocionalmente dependente? O que fazer para ter relações mais estáveis, afinal como sair desse jogo?
Os artigos demonstram que os padrões de apego ansioso e desorganizado estão mais relacionados à dependência emocional. Nessas situações, a pessoa pode se manter em relacionamentos prejudiciais por medo de abandono, ou ter grande dificuldade em se separar emocionalmente de familiares e parceiros.
Enquanto o amor saudável fortalece e dá espaço para o crescimento, a dependência emocional prende, gera sofrimento e alimenta a insegurança.
Quando você se percebe em situações e relacionamentos que não te fazem bem, se você não consegue se comunicar de forma eficaz ou se você percebe qualquer tipo de prejuízo em alguma área da sua vida, saiba que:
A Terapia Cognitivo-Comportamental, abordagem de atendimento psicoterapêutico, quando levada a “Teoria do Apego” auxilia a identificação dos esquemas iniciais desadaptativos que mantêm esses padrões. Crenças como “vou ser abandonado”, “não sou suficiente” ou “ninguém vai me amar” podem ser trabalhadas e reestruturadas.
Na prática, isso significa: reconhecer padrões de apego que causam sofrimento, aprender a regular emoções de forma mais saudável, construir relacionamentos baseados em autonomia e reciprocidade.
Com o processo terapêutico, é possível transformar vínculos inseguros em relações mais seguras e satisfatórias.
Os tipos de apego não são sentenças imutáveis. Eles são explicações sobre como aprendemos a amar e ser amados, mostrando que quando trazem sofrimento, podem ser transformados. Entender seu estilo de apego é o primeiro passo para construir relações mais saudáveis, seja no casal, na família ou consigo mesmo.


FAQ
Perguntas frequentes sobre tipos de apego
1. Quais são os 4 tipos de apego?
Seguro, ansioso, evitativo e desorganizado.
2. Qual é o tipo de apego mais comum?
O apego seguro é o mais prevalente, mas os padrões inseguros também são frequentes.
3. Como saber qual é o meu tipo de apego?
Observando como você reage em situações de proximidade e conflito nos relacionamentos. A psicoterapia pode ajudar nesse processo.
4. O que é apego inseguro?
É quando o vínculo é marcado por medo, ansiedade ou dificuldade em confiar e se entregar.
5. "Ser apegado" e dependência emocional é a mesma coisa?
Não. O apego é um padrão de vínculo; a dependência emocional é um resultado comum de alguns tipos de apego inseguro.
6. A terapia pode mudar meu estilo de apego?
Sim. O trabalho terapêutico pode ajudar a desenvolver vínculos mais seguros e funcionais, mesmo em quem cresceu em ambientes inseguros.
Contato:
gabriellecruzpsi@gmail.com

